terça-feira, 26 de julho de 2011

Crise de Ciúmes 1

Quando acordei, o Ale não estava ao meu lado, mas estava na sala, conversando bem animado com o Yago e com a Mari. Logo me juntei aos três e ficamos conversando um bom tempo.
            A Flávia demorou a levantar, e quando levantou entrou na sala me pedindo desculpas, eu perguntei desculpas de que, e ela disse que o Davi ligou e pediu para vir visitar a gente, e ela ainda dormindo deu o endereço.
            Eu disse que tudo bem, que não me importava, mas me arrependi de ter dito isso cedo demais.
            O Ale percebeu que tivemos algo no passado, mas não sabia como, quanto nem o tempo de duração desse suposto “relacionamento”.
            Foi eu terminar de dizer que tudo bem e ele levantou, fechou a cara e foi para o meu quarto. Eu fui atas.
            Quando entrei, ele estava guardando as coisas dele na mochila. Eu pedi que ele parasse, peguei na mão dele e sentei na cama. Ficamos de frente um para o outro. Nisso comecei a contar o meu passado com o Davi, não cheguei a falar muito e ele largou minha mão, se levantou e disse alto e brabo que não queria saber.
            Eu congelei.
            Ele suspirou, ainda virado de costas para mim, sentou novamente na minha frente e disse que achava que estava com ciúmes.
            Passado o choque, eu sorri, disse que achava bonitinha a crise de ciúmes, mas que era totalmente desnecessária, já que meu envolvimento com o Davi tinha sido único e sem reciprocidade.
            Ele até ficou mais calmo, mas disse que só havia uma solução para a situação, mas não me disse qual era.
            Ficamos no meu quarto mais um tempo, deitados, conversando, e eu contei tudo sobre o Davi para o Ale. Não citei o Pedro, pois não era o momento ainda dele saber, até mesmo porque, se já estava tendo crise de ciúmes por causa do Davi, imagina quando soubesse do Pedro. Mas decidi que contaria, quando achasse um momento oportuno.
            Enquanto conversávamos, tocou a campainha. Fiquei com medo do Ale mudar novamente, e surtar, mas ele levantou-se da cama, estendeu a mão, e fomos os dois para a sala, receber a visita, um tanto quanto desagradável.